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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Diga NÃO ao DIVÓRCIO (em nome de Jesus Cristo)


ESTUDO SOBRE O DIVÓRCIO

As estatísticas afirmam que dez anos atrás, havia menos de 100.000 divórcios o Brasil. Hoje são cerca de 200.000. Um em cada quatro casamentos no Brasil acaba em separação. Num período de quase 10 anos, o número de casamentos caiu, e de separações dobrou no país.

As causas do divórcio:

Se divórcio é o atestado do pecado humano, precisamos agora colocar algumas das mais freqüentes razões humanas para a separação. Quais são as razões ou causas da separação entre os casais? Gostaria de mencionar pelo menos quatro causas:

  1. Descuido da vida cristã dos cônjuges
  2. Ausência do perdão
  3. Indisposição à mudanças necessárias
  4. Ausência do amor
  5. Outras razões

O A. T. já tratava com relação ao divórcio. A grande questão debatida está em Deuteronômio 24:1-4 “Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, se ela não achar graça aos seus olhos por haver ele encontrado nela coisavergonhosa, far-lhe-á uma carta de divórcio e lha dará na mão, e a despedirá de sua casa”.

O SIGNIFICADO DA PALAVRA “COISA INDECENTE” DE Dt 24.1

1 – A palavra hebraica, para “indecente” é ‘ervar davar (composto de ‘ervâh, nudez e davar, palavra), “Nudez de Palavra”.

Dando a entender que se trata de algo comprometedor, que a mulher expressa com palavras (palavra nua); palavrões; expressões grosseiras, que revelam falta de respeito; agressividade verbal; rebeldia; insubordinação.

TALMUDE – Doutrina e jurisprudência comentada da lei mosaica com explicações dos textos jurídicos do Pentateuco. O Talmud foi redigido durante aproximadamente mil anos, entre 450 a.C. e 500 d.C. É reconhecido pelos judeus como tendo a mesma autoridade do Antigo Testamento. Esse complexo literário rege a vida judaica até o dia de hoje, e desde longas datas tem exercido forte influência na vida do povo. Define “coisa indecente” de Dt 24:1 de várias maneiras e isso causou um desprezo e banalização do casamento, principalmente para as mulheres, que, logicamente se tornaram as maiores vítimas. Com isso, um judeu poderia dar a carta de divórcio por qualquer coisa, como por exemplo:

a) Abriga atitudes impróprias como andar com o cabelo solto;

b) Andar sozinha pela rua;

c) Conversar com outro homem;

d) Maltratar sogros;

e) Gritar com o marido;

f) Ter má reputação;

g) Revelar hábitos condenáveis.

Tudo isso, segundo pensamento judaico, está ligado à falta de respeito, a agressividade e à insubordinação da mulher para o casamento.

2 – É evidente que a “coisa indecente” não se referia ao adultério, pois esta era, nesse tempo, condenado com pena de morte – (DT 22.22) – “Se um homem for achado deitado com uma mulher que tem marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim, eliminarás o mal de Israel”.

O QUE JESUS PREGOU?

MT 19.9 – Quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério…“. Gr. “porneia” – dultério, fornicação, homossexualidade, lesbianismo, relação sexual com animais, relação sexual com parentes próximos – Lv 18. A palavra explícita para adultério é “moichao” – ter relação ilícita com a mulher do outro – Mc 10.11-12.

O QUE DEUS PENSA SOBRE O DIVÓRCIO?

Ml 2.16 – Porque o Senhor Deus de Israel diz que odeia o divórcio (repúdio)…

ANÁLISE DO TEXTO DE 1CORÍNTIOS 7

O texto de 1Coríntios 7 é que trata de forma mais extensa sobre o divórcio. Algumas questões respondidas por Paulo neste capítulo: sexo no casamento, celibato, divórcio, sobre as virgens e viúvas. Tem três coisas que precisamos ter em mente para entendermos as questões levantadas:

(1) O dualismo grego. Os coríntios eram cheios de filosofias. A cidade de Corinto só perdia em termos de cultura e literatura para Atenas. Havia várias escolas filosóficas. A idéia que predominava era o dualismo grego: uma visão de mundo que via a realidade sob duas óticas ou o andar de cima e o andar de baixo. Dizia que o que era “espiritual” era bom e tudo que era material era secundário, inferior. Valoriza a alma em detrimento do corpo. Essa idéia influenciava no casamento. Principalmente o sexo. Alguns crentes achavam que o sexo era algo inferior e sem importância no casamento.

(2) O ambiente sexual da cidade de Corinto. Havia o templo de Afrodite e envolvia a prática da relação sexual com as sacerdotisas (prostituição cultual). Dizem que à noite as sacerdotisas saiam em busca de práticas sexuais na cidade. Um cristão sofria uma pressão muito grande nessa cidade.

(3) As perseguições aos cristãos corintianos. Poderiam ter os seus bens tomados pelas autoridades da cidade. O que deve um homem fazer? Casar e deixar sua esposa e filhos sujeitos a morte e prisões por causa da perseguição ou ficar solteiro? Posso me separar para servir a Deus? Meu marido não é crente, posso me separar dele para servir melhor a Deus? O que é melhor para os solteiros e as viúvas? Minha filha virgem deve casar-se ou manter-se pura para o Senhor?

O cap. 7 todo é a resposta de Paulo às perguntas feitas pela igreja de Corinto a respeito da vida conjugal. Suas instruções devem ser lidas à luz do versículo 26: “Tenho, pois, por bom, por causa da instante necessidade”. Um período de grande aflição e perseguição estava para vir sobre os cristãos de então, e nessa situação, a vida conjugal seria difícil.

Podemos inferir do texto algumas perguntas que o Apóstolo Paulo teve que responder.

Resposta a perguntas acerca do casamento

Pergunta: Paulo eu quero servir a Deus, mas o que é melhor, casar ou permanecer solteiro? Resposta: v. 1 e 2.

7.1 – “Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher”.

QUE O HOMEM NÃO TOCASSE EM MULHER. Note-se que “não tocar em mulher” significa, aqui, não ter relações ou contato físico com as mulheres, ou seja, casar-se. É o ato sexual (Gn 20.6; Pv 6.29).

7.2 – “mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido”.

Um dos objetivos do casamento é a satisfação legítima do desejo sexual. Alternativa para a impureza sexual. O padrão aqui é monogâmico. Paulo não era machista, pensa na mulher.

Pergunta: Como deve ser o sexo para nós casados? Isso não é pecaminoso? Posso casar sem praticar o sexo? Resposta: v. 3 e 4.

7.3 – “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido”. Êx 21.10; 1Pe 3.7.

O MARIDO PAGUE À MULHER. Casou, sexo é dívida. O compromisso do casamento importa em cada cônjuge abrir mão do direito exclusivo ao seu próprio corpo e conceder esse direito ao outro cônjuge. Isso significa que nenhum dos cônjuges deve deixar de atender os desejos sexuais normais do outro. Tais desejos, dentro do casamento são naturais e providos por Deus, e evadir-se da responsabilidade de satisfazer as necessidades maritais do outro cônjuge é expor o casamento às tentações de Satanás no campo do adultério (v.5). A idéia que a abstenção é mais santa veio do paganismo (1Pe 3.7; Hb 13.4).

7.4 – “A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher”.

Poder, i.e., autoridade. Cada cônjuge pertence um ao outro.

Pergunta: Mas Paulo eu gostaria de me santificar me abstendo do sexo, o que fazer?Resposta: v. 5 e 6.

7.5 – “Não vos defraudeis (priveis) um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e, depois, ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência”.

Priveis. Defraudeis. Abstenção temporária, com consentimento mútuo e para uma finalidade boa, está certo. Assemelha-se ao jejum (Ec 3.5; Jl 2.16).

7.6 – “Digo, porém, isso como que por permissão e não por mandamento”.

Isto. 7.2-5. Geralmente o homem deve casar-se. Paulo prefere o celibato por boas razões (29, 32, 35) e porque tem um dom (gr charisma) de Deus. O casamento exige dons também (Mt 19.10-12).

Pergunta: O casamento e o celibato são dons ou uma opção? Resposta: v. 7.

7.7 – “Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira, e outro de outra”. At 26.29; 1Co 9.5; 12.11; Mt 19.12. Os Eunucos do Reino (Mt 19.9-12).

Pergunta: Os solteiros e as viúvas devem casar ou não? Resposta: v. 8 e 9.

7.8 – “Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu”.

O ideal: ficar livre para melhor servir a Deus (32).

7.9 – “Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se”. 1Tm 5.14

Viver abrasado. Lit. estar no fogo, queimar.

Pergunta: E aos que são casados o que tem que fazer? Quando não dá realmente certo? Resposta: v. 10 e 11.

7.10 – “Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido”. 1Co 7.12,25,40; Ml 2.14,16; Mt 5.32; 19.6,9; Mc 10.11; Lc16,18

7.11 – “Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher”.

SE, PORÉM, SE APARTAR, QUE FIQUE SEM CASAR. Paulo está falando da separação sem divórcio formal. Talvez isso se refira a situações em que o cônjuge age de modo a pôr em perigo a vida física ou espiritual da esposa e dos filhos.

Pergunta: E quando um dos dois não é crente, o que fazer? Resposta: v. 12-17.

7.12 – “Mas, aos outros, digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe”.

DIGO EU, NÃO O SENHOR. Não se trata de Paulo meramente dar sua opinião aqui, antes; está declarando que não tem uma citação de Jesus para confirmar o que ele vai escrever. No entanto, o que ele passa a escrever, procede de quem tem autoridade apostólica, sob inspiração divina (25,40; 14.37).

7.13 – “E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe”.

7.14 – “Porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo marido. Doutra sorte, os vossos filhos seriam imundos; mas, agora, são santos”.

MARIDO… MULHER… FILHOS. Por ser crente o marido ou a mulher, ele, ou ela poderá ter uma influência especial para levar o outro cônjuge a aceitar Cristo (1Pe 3.1,2). Isto não significa, todavia, que os filhos de tal lar sejam automaticamente crentes. Eles sãosantos no sentido de serem separados pela presença de um pai ou mãe crente. Deus por amor do conjugue crente faz uma distinção com relação ao incrédulo. P.ex. Potifar foi abençoado por causa da presença de José em sua casa – Gn 39.3. Abraão intercede por Sodoma e se lá tivesse dez justos o Senhor não a teria destruído – Gn 10.

O Apóstolo Paulo fala no verso seguinte aquilo que os estudiosos entendem como a “exceção Paulina”:

7.15 – “Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz”. Rm 12.18; 14.19; 1Co 14.33; Hb 12.14

NÃO ESTÁ SUJEITO À SERVIDÃO. Se o cônjuge incrédulo escolher a separação, o crente deve aceitá-la, depois de ter feito todo o possível para evitá-la. “não está sujeito à servidão”, significa que o crente fica desobrigado do contrato conjugal. A palavra “servidão” (gr. douloo) significa literalmente “escravizar”. Nesse caso, o crente fiel já não está escravizado aos seus votos conjugais. Tal cônjuge crente abandonado fica livre para casar-se de novo, mas só com um crente (v.39).

7.16 – “Porque, donde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, donde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?”

Este verso pode ser interpretado em duas maneiras: (1) em favor de não dar o divórcio; e, (2) em favor de dar o divórcio. Ou seja, se o descrente quer ir embora não deixe, pode ser que você seja um instrumento para a conversão dele. Ou, se o incrédulo quiser ir embora, deixe que vá, como saberás se salvarás o teu marido? Deus te chamou para paz.

7.17 – “E, assim, cada um ande como Deus lhe repartiu, cada um, como o Senhor o chamou. É o que ordeno em todas as igrejas”.

Pergunta: E no que se refere as ordenanças judaicas, como devemos proceder?Resposta: v. 18-24.

7.18 – “É alguém chamado, estando circuncidado? Fique circuncidado. É alguém chamado, estando incircuncidado? Não se circuncide”. Gl 5.2

7.19 – “A circuncisão é nada, e a incircuncisão nada é, mas, sim, a observância dos mandamentos de Deus”. Gl 5.6; Jo 15.14; 1Jo 2.3

7.20 – “Cada um fique na vocação em que foi chamado”.

O evangelho pode ser vivido em quaisquer circunstâncias.

7.21“Foste chamado sendo servo? Não te dê cuidado; e, se ainda podes ser livre, aproveita a ocasião”.

7.22“porque o que é chamado pelo Senhor, sendo servo, é liberto do Senhor; e, da mesma maneira, também o que é chamado, sendo livre, servo é de Cristo”. Jo 8.36; Rm 6.18; Fm 16; Gl 5.13; Ef 6.6; 1Pe 2.16

7.23 – “Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens”. 1Co 6.20; 1Pe 1.18-19; Lv 25.42

7.24 – “Irmãos, cada um fique diante de Deus no estado em que foi chamado”. 1Co 7.20

Pergunta: E com relação às filhas virgens? Resposta: v. 25-28.

7.25 – “Ora, quanto às virgens, não tenho mandamento do Senhor; dou, porém, o meu parecer, como quem tem alcançado misericórdia do Senhor para ser fiel”. 1Co 7.6,10,40; 8.8,10; 1Tm 1.12,16.

O celibato é apresentado como algo desejável, embora não necessário.

7.26 – “Tenho, pois, por bom, por causa da instante necessidade, que é bom para o homem o estar assim”.

Provavelmente uma circunstância extremamente difícil pela qual passavam os cristãos em Corinto.

7.27 – “Estás ligado à mulher? Não busques separar-te. Estás livre de mulher? Não busques mulher”.

7.28 – “Mas, se te casares, não pecas; e, se a virgem se casar, não peca. Todavia, os tais terão tribulações na carne, e eu quereria poupar-vos”.

“RAZÕES GERAIS DAS RESPOSTAS DE PAULO”

7.29 – “Isto, porém, vos digo, irmãos: que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se as não tivessem”. Rm 13.11; 1Pe 4.7; 2Pe 3.8-9

7.30 – “e os que choram, como se não chorassem; e os que folgam, como se não folgassem; e os que compram, como se não possuíssem”.

7.31 – “e os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa”.

7.32 – “E bem quisera eu que estivésseis sem cuidado. O solteiro cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor”. 1Tm 5.5

7.33 – “mas o que é casado cuida das coisas do mundo, em como há de agradar à mulher”.

7.34 – “Há diferença entre a mulher casada e a virgem: a solteira cuida das coisas do Senhor para ser santa, tanto no corpo como no espírito; porém a casada cuida das coisas do mundo, em como há de agradar ao marido”.

7.35 – “E digo isso para proveito vosso; não para vos enlaçar, mas para o que é decente e conveniente, para vos unirdes ao Senhor, sem distração alguma”.

7.36 – “Mas, se alguém julga que trata dignamente a sua virgem, se tiver passado a flor da idade, e se for necessário, que faça o tal o que quiser; não peca; casem-se”.

7.37 – “Todavia, o que está firme em seu coração, não tendo necessidade, mas com poder sobre a sua própria vontade, se resolveu no seu coração guardar a sua virgem, faz bem”.

7.38 – “De sorte que, o que a dá em casamento faz bem; mas o que a não dá em casamento faz melhor”. Hb 13.4

7.39 – “A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor”. Rm 7.2; 2Co 6.14

7.40 – “Será, porém, mais bem-aventurada se ficar assim, segundo o meu parecer, e também eu cuido que tenho o Espírito de Deus”. 1Co 7.25; 1Ts4.8

Neste v., Paulo não duvida da sua autoridade, mas ironicamente combate os líderes que negaram sua autoridade em Corinto (cf. 1.1, 7; 9.1s; 12.25).

“CONSIDERAÇÕES FINAIS”

1 – Seja qual for a situação dos cônjuges, o divórcio só deveria ser pleiteado depois de esgotados todos os recursos, sob todos os pontos de vista. Daí é permitido o divórcio em caso de adultério e, segundo Paulo, de abandono do lar por parte do descrente.

2 – Cada casal deve procurar, com ajuda de Deus e da Igreja, resolver seus problemas conjugais, antes que estes destruam seu matrimônio.

3 – A luz da Bíblia, o fim do casamento deve ser a morte de um dos cônjuges, mas nunca o divórcio.

4 – Não podemos entre nós proibir, nem impedir o divórcio, mas podemos e devemos desmotivá-lo e evitá-lo, mediante a exposição da doutrina bíblica.

5 – Deus abomina o divórcio. (Ml 2.14) “portanto cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis”.

6 – Apesar de Deus abominar (aborrece, detesta) o divórcio, Ele permite para amparar e defender o cônjuge ferido.

7 – Mesmo se um crente se divorciar, quando realmente é comprovado que não teve condições de reconciliação, e, conforme Jesus, cometer adultério casando-se com outro, Jesus mesmo perdoa os pecados dos mesmos e os trazem a comunhão com Ele.

in Maluco por Jesus

Entre o Kronos e o Kairós

http://www.amissao.com/2010_07_01_archive.html

Um estranho pedido

Agora, pois, dá-me este monte de que o Senhor falou naquele dia. Josué 14:12

Há muitos pedidos na Bíblia. A mãe de Tiago e João aproximou-se de Jesus e Lhe pediu um “favorzinho”: “Manda que, no Teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à Tua direita, e o outro à Tua esquerda” (Mt 20:21). Ela queria para os filhos os lugares de maior honra e autoridade. Mas se eles entendessem que Jesus, em vez de ser entronizado seria crucificado, certamente não teriam pedido à mãe para fazer esse pedido.

O cego Bartimeu, de Jericó, ao ouvir que Jesus estava passando, pôs-se a clamar: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!” “Perguntou-lhe Jesus: Que queres que Eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver” (Mc 10:51).

Um homem que estava no meio da multidão interrompeu o sermão de Jesus para pedir-Lhe que ordenasse a seu irmão que repartisse com ele a herança. Mas Jesus Se recusou a atender esse pedido porque refletia profundo egoísmo.

Salomão pediu sabedoria. Um outro pediu fé: “Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé” (Mc 9:24). Esta é uma oração que todos devemos fazer, na certeza de que seremos atendidos. Os pedidos refletem o caráter do solicitante.

Um dos pedidos mais estranhos foi feito por Calebe a Josué, e revela nobreza de caráter: “Agora, pois, dá-me este monte de que o Senhor falou naquele dia.” Um homem de 85 anos estava pedindo um monte, cheio de gigantes e cidades fortificadas, que aterrorizaram o povo de Israel. Mas foi esse o lugar que Calebe quis ter como herança – uma montanha cheia de dificuldades, um obstáculo para ocupar a Terra Prometida.

Quando John Paton era jovem e estava estudando para se tornar missionário nas ilhas do sul do Pacífico, no começo do século 19, seu tio procurou desencorajá-lo dizendo: “John, se você for para essas ilhas será devorado pelos canibais.” John Paton contestou dizendo: “O senhor vai morrer logo e será comido pelos vermes. Para mim faz pouca diferença ser comido pelos vermes ou pelos canibais.” Paton trabalhou durante trinta anos nas ilhas do sul do Pacífico e não foi devorado pelos canibais, mas ganhou muitos deles para Cristo.

Paton e Calebe pertenciam àquela classe de homens dos quais a Bíblia diz que “da fraqueza tiraram força” (Hb 11:34). O mundo deve muito a eles.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Louvado seja EU

Faz muito tempo que Deus não é louvado na igreja brasileira. A esmagadora maioria dos "hinos" cantados são focados única e exclusivamente no homem, em seus anseios mais infantis, em seus delírios consumistas. No reinado da mesmice musical, as frases, os determinismos, sempre giram em torno dessa autoajuda empobrecida que se alastrou pelas igrejas. Os novos mantras da musicalidade e(vã)gélica invasiva dos cultos, não tratam Deus como Deus, mas como um serviçal sagrado, cada vez mais vítima dos desmandos de uma gente mandona!

Não suporto mais a coreografia gospel do: "vire para o seu irmão e profetize!"; "dá glória!"; "determine!" Estive observando a repetitividade das frases de efeito: "Você é um campeão" (campeã das frases). "Você nasceu pra vencer" (agora, se dez pessoas estiverem orando por uma vaga de emprego, nove serão perdedores, né?). "Você nasceu pra brilhar"; "Você é uma estrela"; "Seus inimigos não vão morrer enquanto você não for exaltado na terra!" (essa é a teologia Bin Ladeniana, onde o que importa não é vencer, mas sim humilhar os que perderam).

Não suporto mais o culto invasivo. Quero ter o direito de ficar sentado. Quero poder estar triste no culto! Quero ter o direito de não cantar. Não preciso ficar em pé, abraçar o indivíduo ao meu lado ou levantar a mão para que todos saibam que estou cultuando, ou que sou vitorioso. Não preciso provar nada pra ninguém! E tem mais: se o culto é pra Deus, somente Ele pode julgá-lo bom ou ruim, e não os tais "ministros de louvor".

Isso sem falar no choro sem lágrima, a nova modalidade de "quebrantamento" utilizada pelos gurus musicais das igrejas. Aquela ladainha melosa, misturada a uma fungadinha aqui outra lá. Gente passando o lenço no rosto pra enxugar lágrimas tão falsas quanto seu ministério. Enquanto isso Deus chora - e com muitas lágrimas - por ver ao que reduzimos o louvor ao Seu nome. Ele sofre pela tragédia musical da atualidade.

O homem contemporâneo tornou-se o deus de seu próprio louvor. Quando isso acontece, biblicamente só há um nome: idolatria!

Por essas e outras é que ainda amo o louvor do silêncio ...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

À BEIRA DO TANQUE…ATÉ QUANDO???


“Achava-se ali um homem que, havia trinta e oito anos, estava enfermo” – João 5.5

Por que a precisão de João em dizer que o homem estava enfermo há trinta e oito anos, ainda mais quando os judeus apreciavam números redondos, e quarenta era um número com idéia de algo completo? Porque este foi o tempo que Israel passou no deserto: exatamente trinta e oito anos. O homem é um símbolo de Israel.

A multidão ao redor do tanque se compunha de “enfermos, cegos, mancos e paralíticos” (v. 3, Almeida Século 21). Quando o messias viesse, diziam os judeus, os cegos veriam, os surdos ouviriam, os paralíticos saltariam e os mudos falariam. Baseavam-se em Isaías 35.5-6, um texto que fala de águas e ribeiros. Na teologia dos hebreus, a vinda do messias se ligava a curas de cegos, surdos, mudos e paralíticos. Então, Jesus cura um paralítico, anunciando que o messias chegou.

A pergunta de Jesus é intrigante: “Queres ser curado?” (v. 6). Pergunta desnecessária. Obviamente ele queria. Senão não estaria ali. Mas Jesus espera que o homem externe sua vontade. E ele não externa! Se a pergunta do Senhor parece sem sentido, a resposta do homem é mais sem sentido: “Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que, ao ser agitada a água, me ponha no tanque; assim, enquanto eu vou, desce outro antes de mim” (v. 7). Não fora isso que Jesus perguntara.

Entendemos o que está sendo mostrado aqui? Primeiro: o messias chegou. Ele está no seu ambiente: águas. Com seu público, os carentes. O messias de Deus, Jesus de Nazaré, veio para os carentes e veio para cumprir o que Deus dissera, em sua Palavra. Segundo: o messias procura estimular os carentes à fé. Toca na necessidade deles. O homem queria andar. Esta era sua carência. Todos nós temos necessidades. O messias nos desperta em nossas lacunas. Terceiro: nossa resposta ao messias nem sempre é sensata. Discursamos ou nos desculpamos ou culpamos alguém ao invés de dizer a ele: “Eu quero, faz isso na minha vida”.

A solução de Jesus é curiosa. Ele manda o homem tomar o leito (um tipo de colchonete) e ir embora. A maca dominava o homem, mas o homem é que deveria dominar a maca. Isto fora dito a Caim: “E se não procederes bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo; mas sobre ele tu deves dominar” (Gn 4.7). O messias veio com autoridade de nos mandar dominar nossa maca. Não é o pecado que deve nos dominar. Mas nós, que somos “robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior” (Ef 3.16), podemos dominar o pecado.

O messias não veio para batalhar pilotando aviões de Israel contra árabes e russos. Nem para nos dar riquezas materiais. Veio para nos salvar. Para nos tirar do marasmo espiritual, da apatia, do abandono a que nos entregamos. Veio para refazer nossa vida. Veio pra nos dizer: “Põe-te de pé, domina o que te domina e vai viver”. Jesus pode fazer isso. Jesus tem poder para fazer isto. Jesus faz isto.

Não fique à beira do tanque. Não fique esperando que anjos venham ajudá-lo. O messias diz: “Levanta-te, toma o teu leito e anda” (Jo 5.8). Filho de Deus, põe-te pé, e com a graça e o poder de Jesus, enrola tuas deficiências, e vai viver!

O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ

Romanos 1.16-17:

Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé. (Almeida Revista e Atualizada).

INTRODUÇÃO

Martinho Lutero foi profundamente influenciado por este texto bíblico. O monge tinha sua alma abatida pela terrível dúvida sobre a justiça de Deus, a qual ele entendia como a punição dos ímpios. Mas a vida de Lutero foi completamente transformada quando ele descobriu que a justiça de Deus, na epístola de Paulo aos Romanos, é a salvação gratuita, pela graça, mediante a fé.

Desejo que a mesma mensagem que transformou a vida de Lutero transforme também a sua vida.

Como é fantástica a mensagem do Evangelho! No dizer da Escritura, o Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. A palavra grega euaggelion significa mensagem. É um termo técnico para mensagem de vitória. A mensagem do Evangelho é a declaração de que Cristo venceu, e que por isso, através de Jesus, através do poder dEle, você também pode vencer. Toda a sua existência depende dessa afirmação.

Convido-o a refletir sobre a justificação pela fé. Para tal, falaremos primeiramente sobre os injustos. Depois, sobre os justos. E finalmente, sobre a fé.

1. OS INJUSTOS

Deus não justifica justos

“O justo viverá pela fé”. Antes de entendermos tal declaração, é preciso afirmar que, segundo a Escritura, não existe um justo sequer diante de Deus: Rm 3.10.

Todos pecaram, e destituídos estão da glória de Deus: Rm 3.23.

Qual a diferença entre nós e um criminoso? Diante da justiça de Deus, nenhuma. Explico.

Diante da ética e dos princípios normativos, há muita diferença entre um criminoso e uma pessoa inocente, que não pratica a criminalidade, roubo, corrupção ou qualquer outro desvio ético.

A justiça dos homens é bem exigente. Matou? Então tem que morrer. Abusou de crianças? Tem que pagar? É corrupto? Cadeia nele! Realmente os valores que prezam pela justiça social são muito válidos e necessários. Certamente o próprio Deus exige tais valores, conforme lemos nos Dez Mandamentos.

Mas a justiça de Deus é bem mais exigente do que a justiça dos homens. Por que? Ora, porque nós acreditamos que existem ‘graus’ de pecado. Acreditamos que matar é bem pior do que mentir. Acreditamos que adulterar é incomparavelmente pior do que simplesmente cobiçar algo ou alguém que não nos pertence. De modo que os infratores devem ser tratados de acordo com o ‘grau’ da criminalidade que cometeram. Repito: tais valores são fundamentais para a ética cristã e para a boa convivência na sociedade.

Mas, também repito, a justiça de Deus é mais exigente do que a justiça humana. Porque para Deus não existem ‘graus’ de pecado. Para Deus, todo pecado gera a morte. Aliais, em Rm 6.23, não lemos sobre “pecados” (plural) que mereçam a morte, mas sim, pecado, cujo salário é a morte.

Você pode guardar fielmente a lei de Deus. Mas se tropeçar “em um só ponto, torna-se culpado de todos” (Tg 2.10).

Portanto, Cristo morreu pelos ímpios. De acordo com a justiça de Deus, todos nós somos ímpios. Então Jesus não morreu por crentes, mas por incrédulos. Ele não morreu por santos, mas por pecadores. Cristo morreu por nós quando éramos fracos, incapazes de fazer qualquer coisa por nosso pecado. Aqueles que não crêem nisso não têm enfermidade da alma. Mas Jesus não veio para os sãos, mas para os doentes. Por isso, Deus não justifica justos.

Por isso, meu caro, jogue fora seu senso de justiça. Pois a justiça de Deus exige a morte de todos. Pois todos pecaram. Diante da justiça divina, não há um justo sequer. Mas graças a Deus que a justificação não é para justos, mas para injustos.

2. OS JUSTOS

Os justos, aqui em Rm 1.17, não são aqueles que praticam atos de justiça.

Saiba: Nossas obras são trapos de imundícia diante de Deus: Is 64.6. Assim, estão completamente equivocados aqueles que, por cumprirem seus deveres, colocam Deus sob a obrigação de levá-los ao céu.

Entendamos um pouco mais a justiça de Deus.

“Justiça”: é o estado de perfeição que Deus requer de todos que se comparecem diante dEle. Acontece que nenhum de nós tem tal perfeição. Daí a necessidade da justificação.

A justificação é uma declaração de justiça. Justificação pode ser definida como o ato em que Deus nos declara justos. Deus nos declara justos antes de nos tornar justos. Deus não justifica justos, mas coloca sobre os injustos a Sua justiça. Essa justiça é concedida gratuitamente por Cristo, que assumiu nossa injustiça e coloca sobre nós a Sua justiça. Assim, Deus não olha mais para nosso pecado ou injustiça, mas sim para o sangue de Cristo que está sobre nós. É o sangue de Cristo que nos purificada de todo o nosso pecado, e nos torna justos diante de Deus.

Deus requer de nós uma justiça que seja igual à Sua justiça. Mas não temos tal justiça. Então, Ele outorga tal justiça pelos méritos de Jesus Cristo. Alguém já disse acertadamente que a justificação de Deus é a justificação justa do injusto através da qual Ele demonstra a sua justiça ao mesmo tempo que nos confere justiça.

Assim, a Bíblia afirma que Deus é “justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” (Rm 3.26).

Ilustremos isso. Um homem bateu à porta de uma senhora pobre, com o intuito de ajudá-la. Ela, pensando que seria alguém que lhe cobraria o aluguel, se escondeu. Assim também, Cristo bate à sua porta com as mãos que foram crucificadas por você. Mesmo que você tenha uma dívida para com Deus, Cristo não bate à porta para lhe julgar. Mas Ele bate à porta para lhe oferecer o Pão da vida.

A salvação é pela graça, livre, gratuita, sem dinheiro. O único que tinha o direito de julgar é o Juiz, e Ele já propôs sua absolvição inteiramente de graça pela morte do seu Filho.

Os justos que vivem pela fé são aqueles que receberam a justiça de Cristo. Por isso, ninguém pode mais condenar os que estão em Cristo Jesus: Rm 8.1. O Diabo é o acusador, mas ele não pode mais nos acusar. Nossa consciência não pode mais nos acusar. Ninguém pode mais nos acusar. Porque Deus, o único que tinha o direito de nos condenar, enviou seu Filho para morrer por nós, e sobre nós coloca a justiça do Seu Filho que nos torna aceitáveis para Ele mesmo.

3. A FÉ

O justo viverá pela fé.

Fé é crer que Deus pode justificar o pior dos pecadores.

Fé é crer que Deus pode condenar ao inferno por causa do pecado, sem considerar diferentes graus de pecado.

Fé é crer que o salário do pecado já foi pago por Cristo. Pensemos um pouco mais nisso.

Fé é crer que o sacrifico de Cristo é suficiente para a salvação

A fé é simplesmente crer que somente e tão somente o sacrifício de Cristo é capaz de nos salvar.

Isso realmente exige fé. Pois você é convidado para jogar fora qualquer esforço para conseguir a salvação por seus próprios méritos.

Fé é crer que o sacrifício de Cristo é perfeito para a salvação

O ser humano sempre tenta melhorar um pouquinho aquilo que Deus já fez de forma perfeita. Mas o sacrifício de Cristo é perfeito. Não precisa ser melhorado.

Fé é crer que o sacrifício de Cristo foi único. Não é preciso outro sacrifício. Cristo morreu de uma vez por todas: Hb 9.11-12.

Charles Spurgeon compara a salvação pela graça com uma criança a qual você oferece uma fruta. Ela estende a mão para recebê-la porque você a mostrou e prometeu-lhe dar. “Aquilo que a mão da criança é para a fruta é a sua fé para a salvação perfeita de Cristo. A mão da criança não faz a fruta, nem a melhora, nem a merece, toma-a simplesmente.”

Fé é crer que a obra de Cristo é a base da salvação

A base da nossa salvação é a obra consumada de Cristo.

Há uma história que ilustra isso. Um homem morreu e foi para o céu. Perguntou-lhe o anjo: porque devo deixar você entrar aqui? A resposta correta: porque Cristo morreu por mim.

Lembremos que somos salvos pela graça. Então, a fé não é a causa da salvação, mas o meio pelo qual nos apropriamos dela. Somos salvos pela graça de Deus, mediante a fé em Cristo: Ef 2.8.

Fé é a mão vazia, o meio pelo qual se recebe a graça de graça. Para você receber essa graça é necessário esvaziar a mão. Se a mão estiver cheia, é impossível receber o presente de Deus. Fé é o esvaziar-se do eu.

Calvino dizia que a fé é um vaso: “a menos que esvaziemos e abramos a boca da alma para a graça de Cristo, não seremos capazes de recebê-lo.”

Spurgeon dizia: “Um servo idiota que é chamado para abrir uma porta mete os ombros nela e empurra-a com toda a sua força, mas a porta não se mexe e ele não pode entrar apesar de todo o seu esforço. Outro vem e com uma chave e facilmente abre a porte e logo entra. Aqueles que desejam salvar-se pelas obras, estão empurrando a porta do céu sem resultado. Fé é a chave que abre de uma vez.”

Você não precisa fazer por Cristo aquilo que ele já fez por você. Se Jesus já morreu por você, se Ele já pagou o preço, isso significa que Ele fez por você o que você não seria capaz de fazer. O que lhe resta? A fé.

CONCLUSÃO

Cristo nos tornou como nós, pecadores, para nos transformar como Ele, Santo. Ele assumiu a nossa injustiça para tornar-nos justos. Fez-se o que não era para nos tornar o que não somos. Ele mesmo assumiu nossa injustiça para que nos tornássemos justos. Por isso, o Evangelho é o poder de Deus para todo aquele que Nele crê. Basta crer.