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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Tipos de igrejas

extraído de http://www.gezielgomes.com

Que se saiba, antes de Mateus 16.16-18 ninguém pensou em estabelecer uma Igreja.
Após o Dia de Pentecoste, muitos têm fundado a sua. Alguns têm, inclusive, tentado afundar a de Cristo.
Hoje existem igrejas e igrejas. Igrejas de todos os matizes. Igrejas de todos os sabores, para todos os apetites.
Igrejas que não se envergonham de Cristo e Igrejas que O envergonham.
Igrejas com nomes sagrados, outras com títulos exóticos.
Muitíssimas igrejas que fazem rir, poucas que fazem chorar. Destas, algumas, porque são dignas de compaixão. Outras, pela grande paixão que nutrem por Cristo e Seu Evangelho.
IGREJA-PARLAMENTO.
Trata-se da igreja cujos líderes quem vê-la politizada. A igreja de heranças gregas. A igreja das elites governantes, que dominam as massas ignaras. Esta é a igreja que faz eleições para auxiliar de porteiro, suplente de diácono, segundo secretário da EBD, etc. E vai até os mais altos escalões.
Mas isto é apenas um trampolim. Ela está, de fato, treinando desde cedo seus futuros obreiros para as grandes pugnas. As eleiçõespresidenciais.
Todo mundo sabe que uma igreja que faz campanha nacional para eleger o presidente de sua diretiva, e o faz no mesmo estilo político brasileiro, não tem mais o direito de se dizer detentora de um poderoso Avivamento.
No Avivamento a Igreja é conduzida pelos seus apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, Ef 4.11.
Com a falta destes, especialmente os primeiros e os últimos, os presidentes são embalados pela visão democrática, atropelando e anulando o modelo teocrático do Novo Testamento.
É fácil encontrar alguém da Igreja-parlamento. Veja dois de seus obreiros conversando em uma esquina qualquer. Chegue de mansinho. O assunto é único: "em quem você vai votar?" "Desta vez, quem leva"? "E agora, teremos um novo tempo"? "Que tal, chegou mesmo o tempo da renovação?".
Permitam-me, leitores amigos, dizer-lhes que me cansei de ouvir isto. Eu me cansei, como você também se cansou.
Nem o paciente Jó agüentaria.
E o Dono da Igreja, como se sente? Só que Ele não fundou a Igreja-parlamento.
IGREJA CLUBE
Igreja-clube é a igreja da carteirinha.
Carteirinha quando aceita a Jesus, carteirinha para fazer o discipulado, carteirinha para ser batizado, carteirinha depois de ser batizado, carteirinha para entrar no Círculo de Oração, e principalmente carteirinha para participar de cultos de membros.
E, o mais importante, carteirinha para os eventos eleitorais de magnitude, os grandes clássicos. Você sabe a que me refiro.
A igreja-clube está modernizada. Totalmente informatizada. Ela se apaixona pelas estatísticas. Ela tem um site de alto quilate. Quase todos os seus administradores possuem curso superior.
Pena que alguns não podem assistir os cultos da semana porque estão discutindo um projeto na Câmara, talvez para conceder o título de cidadão benemérito a um excelentíssimo feiticeiro ou a um por todos sabido ser corrupto.
Pode ser também que não possam estar na próxima Ceia porque vão prestar exame na Faculdade, onde estão aprendendo com os santos da mitologia grega e os venerandos pais romanos, as regras e os cânones ideais do Reino das Trevas, para serem devidamente adequados e aplicados na Comunidade dos Redimidos pelo Sangue de Cristo.
Tão bem se saem, que certas reuniões da Igreja já se confundem com famosas sessões de jurado, nos muitos tribunais da Nação.
Em consequência de tal descalabro, a Igreja-clube se vê hoje atada por regras que a torturam, sem esperança de uma nova liberdade.
Finalmente, se conhece a igreja-clube porque, à semelhança destes, frequentemente ela consegue fartas doações de patrocinadores que injetam milhões para sanear suas finanças.
Daí surgem lindas construções físicas, apesar das anêmicas e feias construções espirituais.
IGREJA-TEATRO
A sociedade está se surpreendendo de ver o rápido e progressivo surgimento de muitas igrejas-teatro.
São as igrejas dos espetáculos.
As igrejas dos jogos de luzes, clonados fielmente dos piores shows que o diabo oferece para seus fregueses.
Somente um alerta: quando os piores pecadores se sentem muito à vontade na Casa de Deus é porque ela deixou de ser Casa de Deus, lugar de quebrantamento e contrição.
Não foram necessários muitos anos para se proceder à substituição de palavras do Evangelho por termos da mídia.
O vocabulário profano acaba de decretar a falência do sagrado.
Canta-se alguma coisa que nem fala de Deus e se rotula de adoração.
Cantora agora é estrela.
Homem de Deus é astro.
Pregadores viraram artistas. (Alguns na verdade o são. E, diga-se de passagem, muito bons como artistas).
Evangelho é gospel (viramos todos americanos, para não termos que nos expor ao ridículo de popularizar essa estranha palavra, Evangelho).
O público que os apóstolos chamavam respeitosamente de varões irmãos, agora tem um novo nome: galera. Exatamente como nos arraiais de Faraó.
Esse é o público dos autógrafos, das mil-fotos-dos-celulares, dos gritos ensaiados, da ausência mortal de reverência.
As diferenças entre ontem e hoje estão caindo, como avalanche.
Que pena, o muro de separação está ruindo. Malaquias 3.18 está começando definitivamente a perder o sentido.
Quando se responde ao pregador com assovios, e ele os aceita, é porque esse cidadão foi despojado de toda sua autoridade espiritual.
Quanto tempo durará o espetáculo da igreja-teatro?
IGREJA-SHOPPING
Você sabe do que estou falando.
Estou falando dos Congressos que são feitos para vender mercadorias. Estou falando dos grandes eventos que são realizados para "alavancar a obra social da igreja" com a venda de pipocas, camisetas, quibes, biquínis, ternos, canetas, bicicletas, toucinho, óculos, pentes, carne de porco, carros, abóboras e motos,
Mas não estou falando apenas dos Congressos. Estou me referindo ás igrejas que já fizeram do seu dia-a-dia um grande mercado.
Esta nova geração de líderes parece nunca ter lido o livro O PEREGRINO.
Caso contrário, teriam mais temor antes de instalar, dentro dos sagrados átrios, tão monumentais feiras da vaidade.
Daqui a pouco o povo de Deus não precisará mais de ir aos shoppings
Bastar-lhe-á ir à Casa de Deus. O grande shopping da fé já o espera.
Só não gaste o dinheiro do dízimo, por favor.
IGREJA-BOLSA DE VALORES.
Esta é a igreja do quem-dá-mais.
Mais ofertas, mais graças. Maiores valores, maior poder.
Lutero conhecia esse tipo de igreja. Em seu tempo já se vendiam "bênçãos". Aliás, isto remonta a Simão de Samaria. Felipe que o diga.
A grande meta dessa igreja é amealhar valores, a qualquer custo. Ela tem projetos políticos, apesar de eventuais revezes.
Ela não pretende derrotar o diabo diretamente. Basta-lhe superar as audiências da mídia concorrente.
Ela promove por suas novelas o mesmo pecado condenado pela Bíblia que prega.
Essa Igreja é financeiramente poderosa. Mas, está ela destruindo as fortalezas espirituais que assolam nossa querida Pátria?
IGREJA-EXÉRCITO.
Bom, meu espaço terminou.
Não dá para falar muito da verdadeira Igreja.
Mas incluo umas poucas reflexões.
Na Igreja-Exército os crentes não são protagonistas de um filme. São soldados de um exército.
Não são atores de uma novela. São ovelhas de um grande rebanho.
Nela o Comandante não faz campanha política. Ele é o Grande Eleito de Deus, Is 42.1.
Na igreja-exército os crentes não estão fazendo shows. Estão fazendo guerra.
Eles não usam jogos de luzes. São a própria luz do mundo.
Eles não são artistas. São testemunhas.
Eles não vivem de comprar ações na Bolsa.
Eles põem suas bolsas nas ações de Deus, a fim de haver evangelismo e missões.
Eles não estão sendo distraídos por animadores de auditório.
Estão fazendo exercícios de guerra e sabem que vão vencer.
Eles não sobrevivem à custa do marketing. São maravilhosamente sustentados por Deus.

AVIVA, SENHOR, A TUA OBRA!

Juízes

A DIFICIL TAREFA DOS JUIZESPDFImprimirE-mail

Dt 1.16,17


  1. A TAREFA DE OUVIR
    1. Ouvir as causas
    2. As causas entre os irmãos
    3. As causas que envolvem os estrangeiros
  2. A TAREFA DE JULGAR
    1. Julgar com justiça
    2. Não fazer acepção de pessoas
    3. Não estabelecer diferença entre o pequeno e o grande
  3. A TAREFA DE GUARDAR AS ADVERTÊNCIAS DIVINAS
    1. Não temereis a face de ninguém
    2. Porque o juízo é de Deus
    3. A causa difícil demais deveria ser levada a Moisés
  4. extraído de http://www.gezielgomes.com/samba/index.php?option=com_content&view=article&id=508:provados-reprovados-aprovados&catid=110:obreiros&Itemid=156

sábado, 27 de novembro de 2010

Jamais devemos nos esquecer ...

1. A bondade de Deus, Sl 106.1; 107.8; 118.1; Jr 33.11.


2. A misericórdia de Deus, II Cr 20.21; Sl 89.1,3; Sl 118.1-4; Sl 136.1-26


3. A fidelidade de Deus, IS 25.1; Sl 96.13; 98.3; 100.5; I Rs 8.56


4. A salvação de Deus, Sl 18.46; Is 35.10; 65.10; Lc 1.68,69


5. As maravilhosas obras de Deus, Sl 89.5; 150.2; Is 57.18


6. Os juízos de Deus, Sl 101.7; Dt 33.21; I Cr 16.14; Ne 10.29; Sl 105.7.


7. A consolação de Deus, Sl 42.5; Is 12.1; 57.18

VINTE E UMA REFLEXÕES SOBRE A INCREDULIDADE

1. A incredulidade afasta completamente o homem de Deus, Hb 3.12
2. A incredulidade é UM terrível pecado, Jo 16.9.
3. A incredulidade é uma das pouquíssimas coisas que limitam o agir de Deus, Jo 12.37
4. A incredulidade fez Tomé ser chamado de incrédulo, após haver sido discípulo de Jesus por 3 anos, Jo 20.27
5. Abraão venceu a dúvida e a incredulidade, dando glória a Deus, Rm 4.20
6. Alguns não crêem porque seus sentidos foram totalmente endurecidos, Jo 12,39,40
7. As pessoas vencidas pela incredulidade jamais conseguem agradar a Deus, \hb 11.6
8. Deixar de crer na Palavra de Deus pode privar as pessoas da Terra Prometida, Sl 106.24
9. É uma verdadeira desgraça não crer nas maravilhosas obras de Deus, Sl 78.32
10. Milhões de pessoas não crêem porque o diabo cegou seu entendimento, II Co 4.4
11. Muita gente não cria em Jesus, que somente pregou a verdade, Jo 8.45,46
12. Muitos não crêem porque satanás roubou a semente de seu coração, Lc 8.12
13. Muitos são incapazes de crer até mesmo no que vêem, Mc 16.14
14. Nada é puro para os incrédulos, Tt 1.15
15. O grande desafio do pregador é defrontar-se com os que não crêem em sua pregação, Is 53.1
16. Os incrédulos não aceitam jamais a idéia de que Deus pode preparar uma mesa no deserto, Sl 78.19,20
17. Os incrédulos só podem ser salvos pela misericórdia de Deus, Rm 11.32
18. Os verdadeiramente incrédulos fazem de Deus um mentiroso, I Jo 5.10
19. Para crer solidamente em Cristo é necessário ser Sua ovelha, Jo 10.26
20. Paulo muitas vezes enfrentou pessoas profundamente incrédulas, At 19.9
21. Por causa da incredulidade as pessoas não entendem as Escrituras, Lc 24.25

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Espírito de Porco nunca se satisfaz...



Um açougueiro estava em sua loja e ficou surpreso quando um cachorro entrou.

Ele espantou o cachorro, mas logo o cãozinho voltou.

Novamente, ele tentou espantá-lo.

Foi quando viu que o animal trazia um bilhete na boca.

Ele pegou o bilhete e leu: “Pode mandar 12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor? Assinado….”

Ele olhou e viu que dentro da boca do cachorro havia uma nota de 50 Reais. Então, ele pegou o dinheiro, separou as salsichas e a perna de carneiro, colocou numa embalagem plástica, junto com o troco, e pôs na boca do cachorro.

O açougueiro ficou impressionado e como já era mesmo hora de fechar o açougue, ele decidiu seguir o animal. O cachorro desceu a rua, quando chegou ao cruzamento deixou a bolsa no chão, pulou e apertou o botão para fechar o sinal. Esperou pacientemente com o saco na boca até que o sinal fechasse e ele pudesse atravessar a rua.

O açougueiro e o cão foram caminhando pela rua, até que o cão parou em uma casa e pôs as compras na calçada. Então, voltou um pouco, correu e se atirou contra a porta. Tornou a fazer isso. Ninguém respondeu na casa. Então, o cachorro circundou a casa, pulou um muro baixo foi até a janela e começou a bater com a cabeça no vidro várias vezes.

Depois disso, caminhou de volta para a porta, foi quando alguém abriu e começou a bater no cachorro. O açougueiro correu até esta pessoa e o impediu, dizendo: - Por Deus do céu, o que você está fazendo? O seu cão é um gênio!

A pessoa respondeu: - Um gênio? Esta já é a segunda vez esta semana que este estúpido ESQUECE a chave!

Moral da História:

Você pode continuar excedendo às expectativas, mas para os olhos de alguns, você estará sempre abaixo do esperado. Qualquer um pode suportar as adversidades, mas se quiser testar o caráter de alguém, dê-lhe o poder.

Se algum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se: amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic.

Quem conhece os outros é inteligente.
Quem conhece a si mesmo é iluminado.
Quem vence os outros é forte.
Quem vence a si mesmo é invencível.

O espírito de porco nunca está satisfeito!

Artigo lido no blog do Bispo Macedo

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Diga NÃO ao DIVÓRCIO (em nome de Jesus Cristo)


ESTUDO SOBRE O DIVÓRCIO

As estatísticas afirmam que dez anos atrás, havia menos de 100.000 divórcios o Brasil. Hoje são cerca de 200.000. Um em cada quatro casamentos no Brasil acaba em separação. Num período de quase 10 anos, o número de casamentos caiu, e de separações dobrou no país.

As causas do divórcio:

Se divórcio é o atestado do pecado humano, precisamos agora colocar algumas das mais freqüentes razões humanas para a separação. Quais são as razões ou causas da separação entre os casais? Gostaria de mencionar pelo menos quatro causas:

  1. Descuido da vida cristã dos cônjuges
  2. Ausência do perdão
  3. Indisposição à mudanças necessárias
  4. Ausência do amor
  5. Outras razões

O A. T. já tratava com relação ao divórcio. A grande questão debatida está em Deuteronômio 24:1-4 “Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, se ela não achar graça aos seus olhos por haver ele encontrado nela coisavergonhosa, far-lhe-á uma carta de divórcio e lha dará na mão, e a despedirá de sua casa”.

O SIGNIFICADO DA PALAVRA “COISA INDECENTE” DE Dt 24.1

1 – A palavra hebraica, para “indecente” é ‘ervar davar (composto de ‘ervâh, nudez e davar, palavra), “Nudez de Palavra”.

Dando a entender que se trata de algo comprometedor, que a mulher expressa com palavras (palavra nua); palavrões; expressões grosseiras, que revelam falta de respeito; agressividade verbal; rebeldia; insubordinação.

TALMUDE – Doutrina e jurisprudência comentada da lei mosaica com explicações dos textos jurídicos do Pentateuco. O Talmud foi redigido durante aproximadamente mil anos, entre 450 a.C. e 500 d.C. É reconhecido pelos judeus como tendo a mesma autoridade do Antigo Testamento. Esse complexo literário rege a vida judaica até o dia de hoje, e desde longas datas tem exercido forte influência na vida do povo. Define “coisa indecente” de Dt 24:1 de várias maneiras e isso causou um desprezo e banalização do casamento, principalmente para as mulheres, que, logicamente se tornaram as maiores vítimas. Com isso, um judeu poderia dar a carta de divórcio por qualquer coisa, como por exemplo:

a) Abriga atitudes impróprias como andar com o cabelo solto;

b) Andar sozinha pela rua;

c) Conversar com outro homem;

d) Maltratar sogros;

e) Gritar com o marido;

f) Ter má reputação;

g) Revelar hábitos condenáveis.

Tudo isso, segundo pensamento judaico, está ligado à falta de respeito, a agressividade e à insubordinação da mulher para o casamento.

2 – É evidente que a “coisa indecente” não se referia ao adultério, pois esta era, nesse tempo, condenado com pena de morte – (DT 22.22) – “Se um homem for achado deitado com uma mulher que tem marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim, eliminarás o mal de Israel”.

O QUE JESUS PREGOU?

MT 19.9 – Quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério…“. Gr. “porneia” – dultério, fornicação, homossexualidade, lesbianismo, relação sexual com animais, relação sexual com parentes próximos – Lv 18. A palavra explícita para adultério é “moichao” – ter relação ilícita com a mulher do outro – Mc 10.11-12.

O QUE DEUS PENSA SOBRE O DIVÓRCIO?

Ml 2.16 – Porque o Senhor Deus de Israel diz que odeia o divórcio (repúdio)…

ANÁLISE DO TEXTO DE 1CORÍNTIOS 7

O texto de 1Coríntios 7 é que trata de forma mais extensa sobre o divórcio. Algumas questões respondidas por Paulo neste capítulo: sexo no casamento, celibato, divórcio, sobre as virgens e viúvas. Tem três coisas que precisamos ter em mente para entendermos as questões levantadas:

(1) O dualismo grego. Os coríntios eram cheios de filosofias. A cidade de Corinto só perdia em termos de cultura e literatura para Atenas. Havia várias escolas filosóficas. A idéia que predominava era o dualismo grego: uma visão de mundo que via a realidade sob duas óticas ou o andar de cima e o andar de baixo. Dizia que o que era “espiritual” era bom e tudo que era material era secundário, inferior. Valoriza a alma em detrimento do corpo. Essa idéia influenciava no casamento. Principalmente o sexo. Alguns crentes achavam que o sexo era algo inferior e sem importância no casamento.

(2) O ambiente sexual da cidade de Corinto. Havia o templo de Afrodite e envolvia a prática da relação sexual com as sacerdotisas (prostituição cultual). Dizem que à noite as sacerdotisas saiam em busca de práticas sexuais na cidade. Um cristão sofria uma pressão muito grande nessa cidade.

(3) As perseguições aos cristãos corintianos. Poderiam ter os seus bens tomados pelas autoridades da cidade. O que deve um homem fazer? Casar e deixar sua esposa e filhos sujeitos a morte e prisões por causa da perseguição ou ficar solteiro? Posso me separar para servir a Deus? Meu marido não é crente, posso me separar dele para servir melhor a Deus? O que é melhor para os solteiros e as viúvas? Minha filha virgem deve casar-se ou manter-se pura para o Senhor?

O cap. 7 todo é a resposta de Paulo às perguntas feitas pela igreja de Corinto a respeito da vida conjugal. Suas instruções devem ser lidas à luz do versículo 26: “Tenho, pois, por bom, por causa da instante necessidade”. Um período de grande aflição e perseguição estava para vir sobre os cristãos de então, e nessa situação, a vida conjugal seria difícil.

Podemos inferir do texto algumas perguntas que o Apóstolo Paulo teve que responder.

Resposta a perguntas acerca do casamento

Pergunta: Paulo eu quero servir a Deus, mas o que é melhor, casar ou permanecer solteiro? Resposta: v. 1 e 2.

7.1 – “Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher”.

QUE O HOMEM NÃO TOCASSE EM MULHER. Note-se que “não tocar em mulher” significa, aqui, não ter relações ou contato físico com as mulheres, ou seja, casar-se. É o ato sexual (Gn 20.6; Pv 6.29).

7.2 – “mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido”.

Um dos objetivos do casamento é a satisfação legítima do desejo sexual. Alternativa para a impureza sexual. O padrão aqui é monogâmico. Paulo não era machista, pensa na mulher.

Pergunta: Como deve ser o sexo para nós casados? Isso não é pecaminoso? Posso casar sem praticar o sexo? Resposta: v. 3 e 4.

7.3 – “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido”. Êx 21.10; 1Pe 3.7.

O MARIDO PAGUE À MULHER. Casou, sexo é dívida. O compromisso do casamento importa em cada cônjuge abrir mão do direito exclusivo ao seu próprio corpo e conceder esse direito ao outro cônjuge. Isso significa que nenhum dos cônjuges deve deixar de atender os desejos sexuais normais do outro. Tais desejos, dentro do casamento são naturais e providos por Deus, e evadir-se da responsabilidade de satisfazer as necessidades maritais do outro cônjuge é expor o casamento às tentações de Satanás no campo do adultério (v.5). A idéia que a abstenção é mais santa veio do paganismo (1Pe 3.7; Hb 13.4).

7.4 – “A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher”.

Poder, i.e., autoridade. Cada cônjuge pertence um ao outro.

Pergunta: Mas Paulo eu gostaria de me santificar me abstendo do sexo, o que fazer?Resposta: v. 5 e 6.

7.5 – “Não vos defraudeis (priveis) um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e, depois, ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência”.

Priveis. Defraudeis. Abstenção temporária, com consentimento mútuo e para uma finalidade boa, está certo. Assemelha-se ao jejum (Ec 3.5; Jl 2.16).

7.6 – “Digo, porém, isso como que por permissão e não por mandamento”.

Isto. 7.2-5. Geralmente o homem deve casar-se. Paulo prefere o celibato por boas razões (29, 32, 35) e porque tem um dom (gr charisma) de Deus. O casamento exige dons também (Mt 19.10-12).

Pergunta: O casamento e o celibato são dons ou uma opção? Resposta: v. 7.

7.7 – “Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira, e outro de outra”. At 26.29; 1Co 9.5; 12.11; Mt 19.12. Os Eunucos do Reino (Mt 19.9-12).

Pergunta: Os solteiros e as viúvas devem casar ou não? Resposta: v. 8 e 9.

7.8 – “Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu”.

O ideal: ficar livre para melhor servir a Deus (32).

7.9 – “Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se”. 1Tm 5.14

Viver abrasado. Lit. estar no fogo, queimar.

Pergunta: E aos que são casados o que tem que fazer? Quando não dá realmente certo? Resposta: v. 10 e 11.

7.10 – “Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido”. 1Co 7.12,25,40; Ml 2.14,16; Mt 5.32; 19.6,9; Mc 10.11; Lc16,18

7.11 – “Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher”.

SE, PORÉM, SE APARTAR, QUE FIQUE SEM CASAR. Paulo está falando da separação sem divórcio formal. Talvez isso se refira a situações em que o cônjuge age de modo a pôr em perigo a vida física ou espiritual da esposa e dos filhos.

Pergunta: E quando um dos dois não é crente, o que fazer? Resposta: v. 12-17.

7.12 – “Mas, aos outros, digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe”.

DIGO EU, NÃO O SENHOR. Não se trata de Paulo meramente dar sua opinião aqui, antes; está declarando que não tem uma citação de Jesus para confirmar o que ele vai escrever. No entanto, o que ele passa a escrever, procede de quem tem autoridade apostólica, sob inspiração divina (25,40; 14.37).

7.13 – “E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe”.

7.14 – “Porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo marido. Doutra sorte, os vossos filhos seriam imundos; mas, agora, são santos”.

MARIDO… MULHER… FILHOS. Por ser crente o marido ou a mulher, ele, ou ela poderá ter uma influência especial para levar o outro cônjuge a aceitar Cristo (1Pe 3.1,2). Isto não significa, todavia, que os filhos de tal lar sejam automaticamente crentes. Eles sãosantos no sentido de serem separados pela presença de um pai ou mãe crente. Deus por amor do conjugue crente faz uma distinção com relação ao incrédulo. P.ex. Potifar foi abençoado por causa da presença de José em sua casa – Gn 39.3. Abraão intercede por Sodoma e se lá tivesse dez justos o Senhor não a teria destruído – Gn 10.

O Apóstolo Paulo fala no verso seguinte aquilo que os estudiosos entendem como a “exceção Paulina”:

7.15 – “Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz”. Rm 12.18; 14.19; 1Co 14.33; Hb 12.14

NÃO ESTÁ SUJEITO À SERVIDÃO. Se o cônjuge incrédulo escolher a separação, o crente deve aceitá-la, depois de ter feito todo o possível para evitá-la. “não está sujeito à servidão”, significa que o crente fica desobrigado do contrato conjugal. A palavra “servidão” (gr. douloo) significa literalmente “escravizar”. Nesse caso, o crente fiel já não está escravizado aos seus votos conjugais. Tal cônjuge crente abandonado fica livre para casar-se de novo, mas só com um crente (v.39).

7.16 – “Porque, donde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, donde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?”

Este verso pode ser interpretado em duas maneiras: (1) em favor de não dar o divórcio; e, (2) em favor de dar o divórcio. Ou seja, se o descrente quer ir embora não deixe, pode ser que você seja um instrumento para a conversão dele. Ou, se o incrédulo quiser ir embora, deixe que vá, como saberás se salvarás o teu marido? Deus te chamou para paz.

7.17 – “E, assim, cada um ande como Deus lhe repartiu, cada um, como o Senhor o chamou. É o que ordeno em todas as igrejas”.

Pergunta: E no que se refere as ordenanças judaicas, como devemos proceder?Resposta: v. 18-24.

7.18 – “É alguém chamado, estando circuncidado? Fique circuncidado. É alguém chamado, estando incircuncidado? Não se circuncide”. Gl 5.2

7.19 – “A circuncisão é nada, e a incircuncisão nada é, mas, sim, a observância dos mandamentos de Deus”. Gl 5.6; Jo 15.14; 1Jo 2.3

7.20 – “Cada um fique na vocação em que foi chamado”.

O evangelho pode ser vivido em quaisquer circunstâncias.

7.21“Foste chamado sendo servo? Não te dê cuidado; e, se ainda podes ser livre, aproveita a ocasião”.

7.22“porque o que é chamado pelo Senhor, sendo servo, é liberto do Senhor; e, da mesma maneira, também o que é chamado, sendo livre, servo é de Cristo”. Jo 8.36; Rm 6.18; Fm 16; Gl 5.13; Ef 6.6; 1Pe 2.16

7.23 – “Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens”. 1Co 6.20; 1Pe 1.18-19; Lv 25.42

7.24 – “Irmãos, cada um fique diante de Deus no estado em que foi chamado”. 1Co 7.20

Pergunta: E com relação às filhas virgens? Resposta: v. 25-28.

7.25 – “Ora, quanto às virgens, não tenho mandamento do Senhor; dou, porém, o meu parecer, como quem tem alcançado misericórdia do Senhor para ser fiel”. 1Co 7.6,10,40; 8.8,10; 1Tm 1.12,16.

O celibato é apresentado como algo desejável, embora não necessário.

7.26 – “Tenho, pois, por bom, por causa da instante necessidade, que é bom para o homem o estar assim”.

Provavelmente uma circunstância extremamente difícil pela qual passavam os cristãos em Corinto.

7.27 – “Estás ligado à mulher? Não busques separar-te. Estás livre de mulher? Não busques mulher”.

7.28 – “Mas, se te casares, não pecas; e, se a virgem se casar, não peca. Todavia, os tais terão tribulações na carne, e eu quereria poupar-vos”.

“RAZÕES GERAIS DAS RESPOSTAS DE PAULO”

7.29 – “Isto, porém, vos digo, irmãos: que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se as não tivessem”. Rm 13.11; 1Pe 4.7; 2Pe 3.8-9

7.30 – “e os que choram, como se não chorassem; e os que folgam, como se não folgassem; e os que compram, como se não possuíssem”.

7.31 – “e os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa”.

7.32 – “E bem quisera eu que estivésseis sem cuidado. O solteiro cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor”. 1Tm 5.5

7.33 – “mas o que é casado cuida das coisas do mundo, em como há de agradar à mulher”.

7.34 – “Há diferença entre a mulher casada e a virgem: a solteira cuida das coisas do Senhor para ser santa, tanto no corpo como no espírito; porém a casada cuida das coisas do mundo, em como há de agradar ao marido”.

7.35 – “E digo isso para proveito vosso; não para vos enlaçar, mas para o que é decente e conveniente, para vos unirdes ao Senhor, sem distração alguma”.

7.36 – “Mas, se alguém julga que trata dignamente a sua virgem, se tiver passado a flor da idade, e se for necessário, que faça o tal o que quiser; não peca; casem-se”.

7.37 – “Todavia, o que está firme em seu coração, não tendo necessidade, mas com poder sobre a sua própria vontade, se resolveu no seu coração guardar a sua virgem, faz bem”.

7.38 – “De sorte que, o que a dá em casamento faz bem; mas o que a não dá em casamento faz melhor”. Hb 13.4

7.39 – “A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor”. Rm 7.2; 2Co 6.14

7.40 – “Será, porém, mais bem-aventurada se ficar assim, segundo o meu parecer, e também eu cuido que tenho o Espírito de Deus”. 1Co 7.25; 1Ts4.8

Neste v., Paulo não duvida da sua autoridade, mas ironicamente combate os líderes que negaram sua autoridade em Corinto (cf. 1.1, 7; 9.1s; 12.25).

“CONSIDERAÇÕES FINAIS”

1 – Seja qual for a situação dos cônjuges, o divórcio só deveria ser pleiteado depois de esgotados todos os recursos, sob todos os pontos de vista. Daí é permitido o divórcio em caso de adultério e, segundo Paulo, de abandono do lar por parte do descrente.

2 – Cada casal deve procurar, com ajuda de Deus e da Igreja, resolver seus problemas conjugais, antes que estes destruam seu matrimônio.

3 – A luz da Bíblia, o fim do casamento deve ser a morte de um dos cônjuges, mas nunca o divórcio.

4 – Não podemos entre nós proibir, nem impedir o divórcio, mas podemos e devemos desmotivá-lo e evitá-lo, mediante a exposição da doutrina bíblica.

5 – Deus abomina o divórcio. (Ml 2.14) “portanto cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis”.

6 – Apesar de Deus abominar (aborrece, detesta) o divórcio, Ele permite para amparar e defender o cônjuge ferido.

7 – Mesmo se um crente se divorciar, quando realmente é comprovado que não teve condições de reconciliação, e, conforme Jesus, cometer adultério casando-se com outro, Jesus mesmo perdoa os pecados dos mesmos e os trazem a comunhão com Ele.

in Maluco por Jesus